A sexta rodada de negociações entre o SINEPE-SC e os sindicatos representativos dos auxiliares administrativos e professores da rede privada, realizada no dia 15 de abril de 2025, revelou um impasse preocupante que afeta diretamente a categoria dos auxiliares administrativos, bem como os docentes.
O sindicato patronal recusou a proposta de reajuste salarial integral, que contemplava a aplicação completa do INPC, acrescida de ganho real negociável, essencial para assegurar a dignidade e a valorização dos trabalhadores. Em vez disso, apresentou uma contraproposta de reajuste fragmentado, dividindo o aumento em duas parcelas: 3% (três por cento) sobre os salários de março de 2025 e 1,87% (um vírgula oitenta e sete por cento) em agosto, insuficientes diante das necessidades de quem movimenta o sistema educacional.
Essa “proposta”, considerada inadequada e desrespeitosa, foi prontamente rejeitada pelos representantes sindicais, incluindo o SAAE GFPOLIS e a Federação. TODOS reiteraram que a continuidade das negociações só será possível mediante a aceitação do reajuste integral do INPC, acompanhado de ganho real negociável, que reflete minimamente o esforço e a contribuição de cada trabalhador.
Frente a esse cenário de inflexibilidade patronal, o SAAE GFPOLIS, os sindicatos e a Federação decidiram intensificar a mobilização por meio de uma campanha informativa abrangente. A iniciativa busca conscientizar os auxiliares administrativos, professores e a sociedade civil sobre os aumentos substanciais das mensalidades escolares – que chegam a patamares de 10%, 15% ou mais – e, em contrapartida, expõe a recusa das instituições em corrigir adequadamente os salários de seus funcionários. A campanha visa revelar a disparidade entre os lucros significativos obtidos pelas instituições e a remuneração limitada oferecida aos trabalhadores que sustentam o funcionamento dessas entidades.
Além disso, está em curso um movimento de denúncia das práticas abusivas por determinadas instituições de ensino superior, cujo foco reside exclusivamente no lucro, banindo os direitos e a valorização dos trabalhadores ao segundo plano.
Para fortalecer essa luta, as entidades laborais estão preparadas para recorrer aos órgãos competentes, como o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho, garantindo que sejam tomadas medidas adequadas caso essa seja a decisão da categoria.
Esse momento exige união e solidariedade entre todos os envolvidos na luta por um reajuste salarial digno, pois juntos, sindicatos, trabalhadores e sociedade podem transformar indignação em ação, garantindo que os valores da força trabalhadora seja valorizada e garantida.
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