Primeira rodada de conversas com o setor patronal terminou sem acordo. SAAE GFPOLIS acompanha os desdobramentos em defesa da valorização dos auxiliares administrativos e demais categorias.
As negociações para a definição do Piso Salarial Estadual de Santa Catarina para 2026 tiveram seu início oficial na última segunda-feira, 15 de dezembro.
Representantes das bancadas dos trabalhadores e dos empregadores reuniram-se na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis, para debater os novos índices de reajuste.
O primeiro encontro terminou sem consenso imediato, cenário comum em negociações que envolvem a recuperação do poder de compra da classe trabalhadora.
A bancada laboral, que representa os interesses dos trabalhadores catarinenses, incluindo a base representada pelo SAAE GFPOLIS, apresentou uma pauta unificada e fundamentada na realidade econômica do estado. A reivindicação principal consiste em:
- Reposição integral da inflação acumulada de 2025 (INPC de 4,18%);
- Aumento real de 5%, visando garantir que o salário não apenas acompanhe os preços, mas ofereça ganho efetivo de qualidade de vida.
O argumento central é que a economia de Santa Catarina apresenta índices de crescimento superiores à média nacional, impulsionados pela força de trabalho local. Portanto, nada mais justo que esse desempenho se reflita nos contracheques.
É fundamental esclarecer aos associados e à categoria que o Piso Estadual de Santa Catarina possui uma dinâmica própria, diferente do Salário Mínimo Nacional definido pelo Governo Federal.
Em nosso estado, os valores são definidos anualmente por meio de um acordo entre as federações laborais e patronais. Após o consenso, o texto é encaminhado para a Assembleia Legislativa e sancionado como Lei Estadual. Esse mecanismo permite que Santa Catarina mantenha faixas salariais condizentes com o custo de vida regional, que historicamente é mais elevado.
Como não houve acordo na primeira rodada, uma nova reunião já está agendada para a segunda quinzena de janeiro de 2026. A expectativa é que, neste próximo encontro, o setor patronal apresente uma contraproposta que possa avançar em direção a um denominador comum.
Importante: Enquanto o novo acordo não é finalizado e transformado em lei, permanecem vigentes os valores de referência estabelecidos para 2025 (Lei Complementar 869/2025).
O SAAE GFPOLIS segue vigilante e atuante, acompanhando cada etapa deste processo. Nosso compromisso é garantir que os auxiliares de administração escolar e todos os profissionais da educação privada sejam respeitados e valorizados.
Mantenha-se informado através de nossos canais oficiais e participe das convocações do seu sindicato.
Por Kleber Kretzer, assessor do SAAE GFPOLIS.
Líderes sindicais e representantes patronais durante a abertura das negociações na sede da FIESC.
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