A economia informal emprega mais de 61% da população ativa no mundo, ou seja, 2 bilhões de pessoas, segundo um novo relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) publicado dia 30 de abril.
Grande parte desses trabalhadores, 93%, está na economia informal em países emergentes ou em desenvolvimento, e a maioria deles carece de proteção social, de direitos no trabalho e de condições de trabalho decentes, afirmou a OIT. Globalmente, o relatório também concluiu que o emprego informal é mais frequente entre homens (63%) do que entre mulheres (52,1%).
Dos 2 bilhões de trabalhadores informais do mundo, pouco mais de 740 milhões são mulheres, disse a OIT, lembrando que elas estão mais presentes nos mercados informais em países de baixa e média renda, onde estão em situação de maior vulnerabilidade.
A distribuição geográfica do emprego no setor informal mostra um cenário impressionante.
Na África, 86% das pessoas não são registradas. Na Ásia e no Pacífico, este número é de 67%. Já nas Américas, 40% das pessoas trabalham na economia informal. A Europa tem a taxa mais baixa, com 25%.
No Brasil o índice de informalidade no emprego total é de 46%, sendo maior entre os homens (37%), do que entre as mulheres (21,5%).
Para a OIT a informalidade traz como consequências a má qualidade do trabalho, a queda de rendimentos e proteções sociais aos trabalhadores. E impactos no conjunto da economia, minando a sustentabilidade das empresas, tensionando negativamente a produtividade e afetando a arrecadação.
O grau de escolaridade é um fator determinante no nível de informalidade, destacou a OIT. Em escala mundial, quanto mais aumenta o nível educacional, mais baixa é a informalidade, segundo o relatório.
Por Maria Augusta
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